Quando estava grávida, bem próximo do nascimento da minha filha, minha médica me disse para não me preocupar, pois, eu nasceria com ela. Essa frase aparentemente simples, mas tão potente e profunda, me abraçou e assustou de muitas maneiras. Como assim eu vou nascer com ela? Pois, então, eu não existia antes? Ainda hoje, 14 anos depois, constantemente descubro novas dimensões e reflexões sobre isso. Mas e sobre a solidão materna? Como funcionam as situações em que jamais estamos sozinhas, nem mesmo no banheiro, ao mesmo tempo em que parecemos estar isoladas em um mundo apenas nosso? Antagônico né? Pois bem, a solidão materna parece iniciar-se assim que pegamos o resultado do exame, uma mistura de sensações e responsabilidades já tomam conta do nosso ser . Pessoas se afastam e nem sempre é por maldade, as idéias que não são mais as mesmas, o tempo, nossa rotina. Eu já não tinha muitos amigos e tinha comigo que o melhor seria iniciar um novo ciclo, porém, até os que já tinham filhos às vezes não nos entendiam por já estarem em outra fase, então, é a gente com a gente mesmo rs. Ter minha mãe nesse período e até hoje é fundamental e divino, também tenho minha irmã que abraçou a maternidade comigo, mas, mesmo tendo uma rede de apoio, mãe sente solidão. O esposo ajuda, mãe ajuda, mas tem coisas que só a mãe pode fazer. O peito na madrugada , a noite de sono interrompida e o colo que às vezes só o de mãe acalenta . Uma vez me perguntaram se eu estava curtindo ser mãe, pois, faltava sorriso em meu rosto. Eu amava ser mãe e confesso achar ter me preparado para isso por 28 anos, mas era tanta novidade e emoções ao mesmo tempo que nascia junto com a minha pequena e a auto cobrança que também nasceu junto. A questão de achar que tinha que dar conta de tudo, filha, casa, trabalho e ainda estar linda ao mesmo tempo afundavam ainda mais minhas emoções. Hoje numa fase diferente posso dizer que sim, passou rápido aquela fase que eu achei que seria uma eternidade e venho amadurecendo a idéia sobre o tempo e se fosse dar um conselho ele seria: em toda fase pare e respire, só você pode administrar suas dores e seu tempo, por maior que seja sua rede de apoio só você sabe onde é sua dor. Mas, lembre-se, tudo passa. Um beijo nocoração Melissa Reis

Solidão Materna

Quando estava grávida, bem próximo do nascimento da minha filha, minha médica me disse para não me preocupar, pois, eu nasceria com ela. Essa frase aparentemente simples, mas tão potente e profunda, me abraçou e assustou de muitas maneiras. Como assim eu vou nascer com ela? Pois, então, eu não existia antes? Ainda hoje, 14 anos depois, constantemente descubro novas dimensões e reflexões sobre isso.

Mas e sobre a solidão materna? Como funcionam as situações em que jamais estamos sozinhas, nem mesmo no banheiro, ao mesmo tempo em que parecemos estar isoladas em um mundo apenas nosso? Antagônico né? Pois bem, a solidão materna parece iniciar-se assim que pegamos o resultado do exame, uma mistura de sensações e responsabilidades já tomam conta do nosso ser . Pessoas se afastam e nem sempre é por maldade, as idéias que não são mais as mesmas, o tempo, nossa rotina. Eu já não tinha muitos amigos e tinha comigo que o melhor seria iniciar um novo ciclo, porém, até os que já tinham filhos às vezes não nos entendiam por já estarem em outra fase, então, é a gente com a gente mesmo rs. Ter minha mãe nesse período e até hoje é fundamental e divino, também tenho minha irmã que abraçou a maternidade comigo, mas, mesmo tendo uma rede de apoio, mãe sente solidão. O esposo ajuda, mãe ajuda, mas tem coisas que só a mãe pode fazer. O peito na madrugada , a noite de sono interrompida e o colo que às vezes só o de mãe acalenta . Uma vez me perguntaram se eu estava curtindo ser mãe, pois, faltava sorriso em meu rosto. Eu amava ser mãe e confesso achar ter me preparado para isso por 28 anos, mas era tanta novidade e emoções ao mesmo tempo que nascia junto com a minha pequena e a auto cobrança que também nasceu junto. A questão de achar que tinha que dar conta de tudo, filha, casa, trabalho e ainda estar linda ao mesmo tempo afundavam ainda mais minhas emoções. Hoje numa fase diferente posso dizer que sim, passou rápido aquela fase que eu achei que seria uma eternidade e venho amadurecendo a idéia sobre o tempo e se fosse dar um conselho ele seria: em toda fase pare e respire, só você pode administrar suas dores e seu tempo, por maior que seja sua rede de apoio só você sabe onde é sua dor. Mas, lembre-se, tudo passa.

Um beijo no coração
Melissa Reis

Quando estava grávida, bem próximo do nascimento da minha filha, minha médica me disse para não me preocupar, pois, eu nasceria com ela. Essa frase aparentemente simples, mas tão potente e profunda, me abraçou e assustou de muitas maneiras. Como assim eu vou nascer com ela? Pois, então, eu não existia antes? Ainda hoje, 14 anos depois, constantemente descubro novas dimensões e reflexões sobre isso. Mas e sobre a solidão materna? Como funcionam as situações em que jamais estamos sozinhas, nem mesmo no banheiro, ao mesmo tempo em que parecemos estar isoladas em um mundo apenas nosso? Antagônico né? Pois bem, a solidão materna parece iniciar-se assim que pegamos o resultado do exame, uma mistura de sensações e responsabilidades já tomam conta do nosso ser . Pessoas se afastam e nem sempre é por maldade, as idéias que não são mais as mesmas, o tempo, nossa rotina. Eu já não tinha muitos amigos e tinha comigo que o melhor seria iniciar um novo ciclo, porém, até os que já tinham filhos às vezes não nos entendiam por já estarem em outra fase, então, é a gente com a gente mesmo rs. Ter minha mãe nesse período e até hoje é fundamental e divino, também tenho minha irmã que abraçou a maternidade comigo, mas, mesmo tendo uma rede de apoio, mãe sente solidão. O esposo ajuda, mãe ajuda, mas tem coisas que só a mãe pode fazer. O peito na madrugada , a noite de sono interrompida e o colo que às vezes só o de mãe acalenta . Uma vez me perguntaram se eu estava curtindo ser mãe, pois, faltava sorriso em meu rosto. Eu amava ser mãe e confesso achar ter me preparado para isso por 28 anos, mas era tanta novidade e emoções ao mesmo tempo que nascia junto com a minha pequena e a auto cobrança que também nasceu junto. A questão de achar que tinha que dar conta de tudo, filha, casa, trabalho e ainda estar linda ao mesmo tempo afundavam ainda mais minhas emoções. Hoje numa fase diferente posso dizer que sim, passou rápido aquela fase que eu achei que seria uma eternidade e venho amadurecendo a idéia sobre o tempo e se fosse dar um conselho ele seria: em toda fase pare e respire, só você pode administrar suas dores e seu tempo, por maior que seja sua rede de apoio só você sabe onde é sua dor. Mas, lembre-se, tudo passa. Um beijo nocoração Melissa Reis
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